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Inaugurando a seção RESENHAS

By 29 de agosto de 2021 No Comments

Inaugurando essa nova seção do blog sobre resenhas de livros, apresento aqui a vocês os critérios pelos quais pretendo analisá-los. De acordo com meu entendimento sobre o triperspectivalismo de John Frame, buscarei responder a essas perguntas:

Critérios normativos

— Existe fidelidade à Palavra de Deus?

— A obra tem como base os princípios bíblicos ou os nega/ignora?

— Esses princípios são apresentados de modo parcial, sem levar em conta a totalidade do que é dito na Bíblia sobre o assunto?

Critérios situacionais

— Existe na obra uma boa compreensão da nossa realidade atual?

— Os princípios bíblicos são bem aplicados?

— A obra faz jus à multiplicidade de aplicações que podem ser feitas na vida? Ou privilegia algumas aplicações, deixando de fora outras? Nesse caso, as aplicações são tão limitadas que acabam desvirtuando os próprios princípios?

— A crítica aos sistemas de crença antibíblicos é feita de modo coerente?

— Há capitulação a aspectos antibíblicos que estão na cultura?

Critérios existenciais

— A pessoalidade do autor transparece no texto? 

— As considerações do autor são apresentadas de modo a não ocultar essa pessoalidade?

— O autor trata do assunto como se fosse onisciente e infalível?

— O assunto é debatido com uma linguagem que transparece amor, compaixão, cuidado? Ou a verdade é privilegiada em detrimento da bondade (mansidão no falar) e da beleza (construções cuidadosas que não excluem a complexidade do tema)?

— É visível na obra uma preocupação com o coração do leitor?

Três considerações importantes:

1. Essas perguntas são simplificações dos aspectos. Cada um dos três aspectos está entrelaçado com os outros e muitas vezes é difícil fazer jus a essa interpenetração. Sobre isso, o livro A doutrina do conhecimento de Deus, de John Frame, é bastante elucidativo.

2. É claro que as resenhas não serão simples “sim” ou “não” a essas perguntas (até porque, se fossem, seriam incrivelmente chatas!), mas essas perguntas estarão nos bastidores da minha mente enquanto escrevo a resenha.

3. Também não desejo falar a partir de um lugar alto. Tenham em mente que minhas resenhas são opiniões e impressões muito próprias minhas, não julgamentos objetivos e infalíveis sobre a obra. Quando houver discordância com o autor, tomarei todo cuidado para não assumir um tom altivo, irado ou condescendente nessas resenhas, e conto com vocês, leitores, para me avisar caso eu não consiga seguir essa diretriz.

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